Uma abordagem desastrosa acabou em tragédia , o adolescente Bruce Cristian de apenas 14 anos morreu apos levar um tiro na cabeça disparado pelo soldado do ronda do quarteirão, Yuri da Silveira.
No cenário do crime a dor e a revolta de um pai que não acreditava na perda precoce do filho.
Final de tarde de domingo no dia 25 de julho de 2010, Francisco das chagas trabalha na manutenção de ar-condicionado, Ele se prepara para mais um dia de serviço, dessa vez ele decide levar o filho..
Segundo o pai do garoto, ele resolveu levar o filho junto, pois na volta ia passar na escolinha de futebol do Ceará que era o sonho do garoto.
Os dois chegam na casa do cliente, instantes depois o trabalho é feito e os dois seguem para fazer a inscrição do adolescente na escolinha de futebol.
Segundo o pai do adolescente, ele seguia pela avenida desembargador Moreira quando parou no sinal do cruzamento com a avenida padre Valdevino , segundo ele parou atrás de um ônibus
Quando viu um pessoa gritando para, para, ele achou que era um assalto e quando o sinal abriu ele seguiu.
O policial militar do ronda do quarteirão corre em direção aos dois e atira.. a bala perfura
O capacete atinge a cabeça de Bruce Cristian que tem morte imediata.
Um vídeo foi gravado por uma pessoa que passava no local e chocou todo o Ceará pelo desespero do pai do adolescente.
Depois do homicídio o policial Yuri da Silveira se apresentou ao segundo distrito policial.
o comandante do ronda disse a imprensa que o disparo é a ultima atividade que o policial tem em sua operacionalidade e que é a ultima instancia da ação policial.
O PM foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e surpresa , ele foi expulso da policia militar em 30 dias e passou cerca de três meses preso, mais a juíza titular da 5 vara do júri revogou a decisão e Yuri foi posto em liberdade.
o ministério publico confirmou os indícios do crime e denunciou Yuri da Silveira por homicídio duplamente qualificado e lesão corporal contra o pai do garoto.
O advogado da família reclama na demora da conclusão do caso, segundo o advogado todos já queriam que o policial tivesse sido julgado mais lamenta que nosso judiciário ainda é muito moroso.
A família entrou ainda com uma ação indenizadora contra o Estado já que o acusado estava de serviço no dia do crime.
Se Yuri da Silveira for condenado pode pegar uma pena de 12 a 30 anos de prisão.
O advogado do ex-policial Yuri da Silveira, Ernando Uchoa Sobrinho, apelou ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para tentar evitar que seu cliente vá a júri popular.
No dia 13 de fevereiro de 2012, a juíza Valência Aquino, da 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, determinou que o acusado fosse submetido a júri popular. No entanto, a defesa de Yuri, objetivando modificar a decisão, argumentou que o acusado não teve a intenção de matar a vítima, mas apenas atirar no pneu da moto. Alegou ainda que o treinamento oferecido pelo Estado, durante curso de formação, foi insuficiente e determinante para o ocorrido.
Em dezembro de 2012, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) manteve a decisão de levar o ex-policial militar Yuri da Silveira Alves Batista a júri popular.
Ele é acusado de matar o adolescente Bruce Cristian Souza Oliveira, em julho de 2010, no cruzamento da avenida Desembargador Moreira com a rua Padre Valdevino, em Fortaleza. O jovem estava na garupa da moto do pai quando foi atingido com um tiro disparado pelo ex-PM.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), a morte do adolescente decorreu de ação imprudente e precipitada por parte do ex-policial, que atuava no Ronda do Quarteirão. Já a defesa sustentou não ter havido conduta dolosa por parte do acusado.
Para o pai de Bruce segue a luta incessante por justiça e as lembranças do garoto que sonhava ser jogador de futebol.
Para o pai do garoto a ferida é grande e dolorida e que nunca cicatrizara.